O tetracampeão Sebastian Vettel
Curioso que um esporte de elite como a Fórmula 1 gere tanta comoção em um país como o Brasil, com abismos entre as classes sociais e apaixonados até os ossos por futebol. Os estrangeiros podem não saber, mas uma das características mais fortes da torcida brasileira é que, para ela, o que importa é vencer. Aqui, o vice-campeão tem o mesmo status do último colocado.
Talvez seja por estar acostumado a ver a bandeira verde e amarela tremulando no topo do pódio da categoria desde os anos 1970 – com o desbravador Emerson Fittipaldi, passando pelo irreverente Nelson Piquet e culminando no lendário Ayrton Senna – que o amor pela Fórmula 1 esteja enraizado no coração do brasileiro. Nos últimos anos, o país não viu um filho seu ser campeão, mas é aí que entra outra particularidade do torcedor local nessa equação: não adianta vencer se a vitória não for fruto da arte, da habilidade de ganhar mostrando toda ginga, dando show.
Por isso, mesmo sem grandes ídolos no esporte atualmente e com o tetracampeonato do alemão Sebastian Vettel garantido, o tradicional circuito de Interlagos – que por muitos anos fecha o calendário da categoria – ainda leva multidões ávidas por provas espetaculares como as de 2007, quando o finlandês Kimi Raikkonen, o menos cotado entre os aspirantes ao título surpreendeu a todos, e de 2008, quando o britânico Lewis Hamilton tirou a taça das mãos do brasileiro Felipe Massa na última curva da última volta.
Esta até poderia ser a última temporada de Massa na Fórmula 1, que perdeu seu posto na Ferrari exatamente para Raikkonen, seu ex-companheiro na equipe italiana nas temporadas de 2007 e de 2008, mas o brasileiro fechou um contrato por três temporadas com a hoje decadente Williams – equipe que já teve os compatriotas Piquet, Senna, Antonio Pizzonia e Rubens Barrichello como pilotos – substituindo o venezuelano Pastor Maldonado, que pegou a vaga deixada por Raikkonen na Lotus.
Chuva, suor e cerveja
Sebastian Vettel segue o caminho de seu compatriota, o heptacampeão Michael Schumacher, e consagra-se como um dos pilotos mais vencedores da história da categoria. Como o tetracampeão mais jovem da história, com apenas 26 anos, ele chega a Interlagos buscando seu segundo triunfo em um dos circuitos mais imprevisíveis da Fórmula 1.
Mas a vitória do piloto alemão, uma constante irritante nesta temporada, está longe de ser garantida – para o delírio da torcida local, que entre muitos copos de cerveja, vibra mais do que qualquer uma do mundo com mudanças bruscas no destino de uma corrida.
Seja pelo asfalto irregular do Autódromo de Interlagos, seja pelo clima inconstante de São Paulo, onde períodos de sol forte e chuvas torrenciais se revezam com rapidez impressionante, os brasileiros torcerão como nunca por uma prova emocionante. Não importa se o vencedor for Vettel, o espanhol Fernando Alonso ou o britânico Lewis Hamilton, aqui, o espetáculo – do qual a torcida é um fator essencial – é o que importa. Se bem que uma vitória de Felipe Massa não seria nada mal.
Calendário do evento:
Sexta, 22/11
10h/11h30 F1 Treinos livres (1ª sessão)
12h/12h35 Porsche Cup Treinos livres
14h/15h30 F1 Treinos livres (2ª sessão)
15h55/16h30 Porsche Cup Treinos livres
Sábado, 23/11
11h/12h F1 Treinos livres (3ª sessão)
14h/15h F1 Classificação
15h30/16h05 Porsche Cup Classificação
16h35/17h10 Porsche Challenge Classificação
Domingo, 24/11
9h15/9h50 Porsche Challenge Corrida
10h15/10h50 Porsche Cup Corrida
12h30 F1 Formação do Grid de Largada
14h 42º GP do Brasil de Fórmula 1
Via Time Out SP.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Começa hoje o GP de Fórmula 1 2013
Escrito pela Redação da Time Out SP
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