sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Uma nova guerra entre companhias aéreas: levar luxo às salas VIP

Escrito por Scott McCartney, do The Wall Street Journal

O Clubhouse da Virgin Atlantic, em Londres, oferece aos passageiros de classe executiva
cortes de cabelo gratuitos com estilistas da moda
Uma boa parte da competição entre companhias aéreas – e os melhores serviços da indústria – agora ocorrem em solo.
As companhias aéreas têm travado uma batalha entre salas de espera, gastando milhões de dólares em reformas para transformá-las em spas de luxo e restaurantes que atraem passageiros de primeira classe e classe executiva e passageiros frequentes. Até alguns cartões de crédito premium podem dar acesso a passageiros.
As salas de espera mais sofisticadas oferecem triagem de segurança privada, salões de beleza e concierges de elite capazes de reservar os melhores ingressos de teatro e reservas em restaurantes em todo o mundo. Há mesas de jantar cobertas com toalhas brancas, champagne de alta qualidade à vontade, e atendentes que passam suas roupas enquanto você toma banho.
Clientes ainda escolhem companhias aéreas por causa de suas rotas, preços, programas de milhagem e fidelidade. Mas com os voos ficando cada vez mais semelhantes, com a maioria das operadoras oferecendo aos clientes de categorias mais altas assentos que reclinam totalmente, refeições de sofisticadas e entretenimento a bordo com uma montanha de opções, as instalações nos aeroportos podem ajudar a destacá-las.
No aeroporto de Heathrow, em Londres, o Clubhouse da Virgin Atlantic oferece aos passageiros de classe executiva cortes de cabelo gratuitos com estilistas da moda e coquetéis "secretos" que não estão no cardápio. (Peça o Golden Girl.) Os passageiros que trouxerem seus trajes de banho podem relaxar numa Jacuzzi. DJs profissionais e amadores podem trabalhar num estúdio de mixagem.
"Contamos com um monte de músicos que viajam com a gente e esta é a sua área de trabalho. Eles podem fazer a edição aqui", diz a porta-voz da companhia aérea Sarah Coggins.
Perto dali, a British Airways foi mais longe, com salas separadas para passageiros de classe executiva e primeira classe, além do Concorde Room, uma sala para passageiros da superelite, da primeira classe de voos internacionais. A sala VIP da primeira classe tem lustres de cristal Swarovski, um bar que serve champanhe e sofás de couro confortáveis para os passageiros relaxarem. O Concorde Room tem uma sala de conferências com bancos de couro do avião supersônico já aposentado, que foi um dia sinônimo de viagens de luxo.
Passageiros frequentes dizem que ficam fanáticos por essas salas VIP porque uma boa sala de espera pode fazem a diferença em uma viagem, no que diz respeito ao sono, produtividade e relaxamento. Alguns tiram vantagem delas em escalas longas, outros chegam ao aeroporto mais cedo por causa de suas regalias. As companhias aéreas não quiseram revelar quanto tempo as pessoas gastam em seus salões.
Para Howard Longo, um inventor semiaposentado que mora em Londres e viaja frequentemente e uma loucura é que as pessoas vêem as salas como uma grande regalia. "É bom pensar que você está recebendo tudo isso de graça. Você não está recebendo nada de graça", já que o custo está embutido no preço da passagem.
A Virgin Atlantic e a British Airways abriram versões menores de suas salas de espera sofisticadas no Aeroporto Internacional Kennedy, de Nova York. Em maio, a Delta Air Lines abriu a maior e mais extravagante de suas salas de espera no Kennedy, que se destaca pelo pátio ao ar livre de 186 metros quadrados no telhado do terminal, oferecendo vistas excelentes das pistas e dos aviões. A Delta também abriu uma sala de espera em Atlanta com um pátio ao ar livre, e está planejando uma grande reforma de seu clube no Aeroporto Internacional de Los Angeles.
A Qantas deve abrir uma nova sala de espera para a classe executiva no aeroporto de Los Angeles no ano que vem. A sala será duas vezes maior que a existente e terá um bar e uma lareira.
Companhias aéreas informaram que as tarifas mais caras por voos internacionais longos lhes permitam investir em salas de espera elegantes, por isso a maioria dessas salas está em aeroportos internacionais. E que é mais difícil para elas justificar despesas em sala de espera para passageiros frequentes que fazem voos nacionais, com tarifas mais baratas, ou para passageiros viajando a turismo, com tarifas com desconto.
Muitos salões oferecem bebidas alcoólicas gratuitamente. As opções de comida consistem principalmente em lanches. Muitas vezes não há lugar para sentar. As salas podem lotar rapidamente porque há muitos passageiros com acesso através de seus cartões de crédito, programas de milhagem ou associações por cerca de US$ 400 ao ano ou US$ 50 por dia.
Mas as companhias informam que estão tentando melhorar, porque seus clientes estão experimentando o luxo em outros lugares ao redor do mundo, muitas vezes quando viajam com as próprias companhias aéreas delas e as expectativas estão subindo.

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